Não é segredo que a pandemia do novo Coronavírus transformou o nosso dia a dia. As medidas de restrições, quarentena, isolamento e distanciamento social alteraram a forma como nos relacionamos com o mundo e com a nossa própria casa. Com isso, descobrimos novas necessidades.
E como os arquitetos têm a função social de promover espaços que supram nossas demandas, muitos profissionais têm se questionado sobre como será a arquitetura pós-pandemia.
Diante da importância do assunto, separamos as principais tendências da arquitetura pós-pandemia. Continue a leitura do artigo e descubra quais são!
1. Projetos para home office
O trabalho remoto já era uma realidade para muitas pessoas e sua aplicação aumentava gradativamente. No entanto, o avanço da pandemia acelerou essa prática e obrigou muitos indivíduos a adotarem essa nova forma de trabalhar. Se, em um primeiro momento, muitos foram forçados a essa mudança, agora muitos veem as vantagens dessa modalidade e decidiram continuar com o trabalho a distância.
Inicialmente, muitos improvisaram a mesa de jantar para o trabalho, mas perceberam que é realmente necessário ter um local adequado para exercer suas atividades com organização, produtividade e privacidade. Por esse motivo, já é possível notar o aumento da demanda por projetos de home office.
O espaço deve garantir o conforto e contribuir para o desempenho das tarefas. Para isso, biombos, divisores de espaços, móveis ergonômicos, janelas para permitir a entrada de luz natural, a ventilação e o descanso para os olhos são itens indispensáveis para uma estação de trabalho perfeita.
2. Revestimentos de fácil higienização
Mesmo antes da pandemia, os revestimentos de pisos e paredes que eram difíceis de limpar já começavam a ser questionados. Agora, a assepsia da casa e dos estabelecimentos comerciais se tornou imprescindível para evitar a propagação da doença.
Então, optar por materiais que ofereçam durabilidade, facilidade de higienização e, ainda, enriqueçam a decoração também passou a ser necessário. O porcelanato, que já era uma preferência tanto entre os arquitetos e designers quanto entre os clientes, mais uma vez se mostra como a melhor opção.
Outra vantagem desse tipo de revestimento é a sua variedade de tamanho das peças, padronagens e versatilidade de aplicação. Ele não se limita ao piso, podendo ser usado em fachadas e paredes, tanto em áreas internas quanto externas, secas e expostas à umidade. Além disso, é possível utilizá-lo para fazer ilhas e bancadas de cozinhas, cubas, nichos, mesas, entre outros.
3. Mais plantas na decoração
O conceito de urban jungle, ou seja, a decoração com plantas, já crescia no design de interiores, se intensificou no atual período e certamente continuará em alta na arquitetura pós-pandemia. Isso porque as plantas criam a sensação de conforto e aconchego aos ambientes, aspectos tão necessários diante da situação em que estamos. Também, trazem vida, frescor e contribuem para a saúde dos moradores, pois renovam o ar e mantêm a umidade do espaço.
Ainda há o fato de que muitas pessoas adotaram a jardinagem como hobby, visto que têm passado mais tempo em casa. Outras, inclusive, passaram a cultivar hortas em casa. Assim, não precisam sair com tanta frequência para ir à feira e consomem alimentos cuja procedência é conhecida. Para quem mora em apartamento, a solução são as hortas verticais, que ocupam pouco espaço e valorizam a estética do ambiente.
4. Cozinhas mais amplas
Durante o isolamento social, as pessoas têm preferido fazer as refeições em casa em vez de frequentar restaurantes, o que foi um incentivo para que passassem mais tempo na cozinha, tornando o cômodo o grande protagonista do lar. Com a pandemia, muitos indivíduos resolveram se aventurar no fogão, estimulados por programas de culinária e por terem mais tempo livre.
Consequentemente, novas necessidades surgiram e muitos perceberam que o ambiente não é tão funcional quanto desejam. Assim, uma das tendências da arquitetura pós-pandemia são as cozinhas mais amplas e planejadas, que priorizem a praticidade para o preparo dos pratos.
Do mesmo modo, o conceito aberto, isto é, a integração entre a cozinha e a sala de jantar ou de estar, também entrará para o ranking das preferências, pois permite a maior convivência e socialização entre os moradores.
5. Adaptações no hall
Como o hall é o primeiro contato que temos com o interior da nossa casa, também deverá passar por adaptações. Isso porque tivemos que adotar novos hábitos ao chegarmos em nosso lar: trocar o calçado que utilizamos fora por um que só usamos dentro da residência, higienizar as mãos, tirar algumas peças de roupas, evitar levar itens como chave do carro, carteira e bolsa para o interior doméstico, entre outras práticas.
Então, é preciso que o ambiente tenha todo o aparato necessário para atender a essas demandas, como bancada ou aparador para frascos de álcool em gel, calçadeira para trocar e guardar calçados, suporte para chaves e bolsas, cabideiro de parede etc.
6. Espaço para exercícios
Mesmo quem era sedentário viu na prática de atividades físicas uma forma de aliviar a ansiedade que o momento causa e melhorar sua qualidade de vida. Para manter o distanciamento e entrando na onda de ter orientações online para os exercícios, as pessoas passaram a se exercitar em casa.
Também, perceberam que é possível e simples manter a disciplina das atividades ao não precisar se deslocar a uma academia. Sendo assim, há a necessidade de ter uma área com espaço adequado para realizar todos os movimentos livremente e com boa ventilação.
7. Práticas mais sustentáveis
A sustentabilidade ganhou força com o avanço da pandemia. A mudança nos hábitos de consumo culminou no uso mais consciente dos recursos naturais. Logo, os projetos de arquitetura deverão contar com materiais que causam o menor impacto possível na natureza, como fontes de energia limpa ou renováveis, aquecimento solar, sistema de iluminação fotovoltaica, entre outros elementos.
Portanto, as construções e decorações serão reinventadas para atender às novas necessidades. Por isso, é fundamental que os profissionais se mantenham atualizados sobre as mudanças na arquitetura pós-pandemia. Assim, poderão elaborar projetos que supram as novas demandas e conquistem os clientes, tornando-se referência no ramo.
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